Ser ou não sendo?
O Brasil tem um histórico de paz, não de justiça. “A grandeza trágica do destino humano está talvez nessa situação paradoxal que não deixa ao homem outra escapatória se não a luta contra a injustiça, não para acabar com ela, mas para que ela não acabe com ele” Essa frase do escritor peruano Mario Vargas Llosa traduz nossos temores ao observarmos, no panorama político, o que está se desenhando para os próximos 20 anos. E para muitos, pra toda a vida.
Assim, fica difícil dar relevância às teorias, e faz, até mesmo com que a olhemos com ceticismo e, nosso próximo passo é jogá-las no lixo: “na sociedade pós-capitalista, o conhecimento será o principal recurso e sua característica dominante”; quando vemos que ainda, o dinheiro continua permeando nossas relações e determinando nossa conduta, ou nosso voto. E nem precisa ser uma quantia que vá produzir, na sociedade um “novo rico”, basta o valor de uma bolsa, de uma cesta, de um vale isso, um vale aquilo. Só não vale o conhecimento que deveria ser o “meio para o fim”.
Colher ideias antagônicas é saudável, conviver com as diferenças também, respeitar aqueles que pensam diferente de nós, melhor ainda, mas não é digno tirar proveito dos que pensam que não sabem. A humanidade não pode se esquecer da herança iluminista: “O homem não é mau e nem idiota, é a ignorância que o deprava”.
Educação, abra as asas sobre nós, seja tão rápida quanto o tempo que te resta. Acolha-nos na oclusão da sua mordedura, antes que a bruxa nos devore. Proteja-nos, os menos favorecidos, os desempregados, os empregados dos empregos alternativos, os que pensam que os sonhos só acontecem quando dormimos. Só você pode, com a ira dos anjos, castigar as instituições que abrigam a malversação e entopem suas burras com o ouro dos tolos.
Luzineti Espinha
Enviado por Luzineti Espinha em 19/04/2017