Senão
Nem ditos e nem escritos
E a garganta estrangula
O veneno que regurgita
Na acidez que dá engulho
Só um vulto preso no vento
Equilibra-se em cima do muro
Erguido num imenso vazio
Pintado na cor do escuro
São sonhos confessos tardios
Pecados a um deus oculto
Lamentos que provocam arrepio
Na alma de um morto insepulto
Luzineti Espinha
Enviado por Luzineti Espinha em 04/07/2017