Textos

Então é natal...
          Já falei, aqui, em um  outro texto, que não dou valor às datas especiais, pra mim, todo dia é dia de pensar no próximo, de ser solidário, de olhar o outro como nosso irmão numa “ Grande Família” , essa que vai além dos nossos portões, da nossa cidade, do nosso estado, nosso país. Não pensamos, mas seria importante, quando pensarmos em família, nesse contexto, pensarmos em todos que habitam o mesmo planeta, e por falar em planeta, ô, planetinha complicado, hein!
          Mas voltando a data natal, por mais que eu pense que é só mais um dia, ela me provoca reflexões impensáveis, eu chego, a me perguntar se não estou sendo muito crítica, inconveniente e até mesmo maldosa. Tem pessoas que trabalham conosco o ano inteiro, mal nos falamos, mas no natal, elas nos abraçam, dão beijinhos, dizem que estão arrecadando dinheiro para comprar brinquedos, cestas básicas e contam com a minha solidariedade..., estão sempre dispostos a fazerem caridade com o dinheiro alheio, como se o outro, também, não tivesse os seus “afilhados”. Embora os meus apadrinhados, não tenham de mim, só uma vez no ano, eles têm o ano todo, inclusive no natal essa é a primeira vez que o fato se torna público.  Minha contribuição é mensal e já completou a maioridade: duas décadas.  
         Quero estender minha crítica, também, àqueles que gostam de um amigo secreto, amigo oculto, agora tem até amigo ladrão, é uma brincadeira, claro, mas já avisa: __ Vamos botar um limite de preço, aí, por que ano passado, eu ganhei uma “ porcaria”__ , quer dizer, o mais importante, o tornamos secundário que é a interação, a socialização, o estar juntos numa brincadeira, onde esperamos aproximação, amor fraterno, solidariedade, e o fazem como se isso tivesse preço. Isso são coisas desse planetinha, cujos donos ameaçam explodi-lo a qualquer momento.  
         Minha crítica não poupará nem o discurso de que natal é família, desde que Caim matou Abel, é importante repensar seu sentido literal: família. E ESSA, que não pense só nos fratricidas, o núcleo, que tome muito cuidado ao abrir as portas para os pedófilos, frutos podres,  infiltrados na genealogia , observem, é sempre alguém muito próximo e disposto a ajudar, e nessa época, o discurso de amor e prosperidade nos deixam mais vulneráveis. O mesmo vale para os psicopatas, eles existem, e  não  é só na família dos outros, olhos bem abertos; para o “Natal em família”, Suzane von Richthofen  e Ana Carolina Jatobá estão soltas desde o dia 22.

    

Luzineti Espinha
Enviado por Luzineti Espinha em 24/12/2017


Comentários


Imagem de cabeçalho: raneko/flickr